Romances históricos

Um tipo de leitura que me faz viajar é o romance histórico e gostaria de tê-lo conhecido no meu tempo de escola!

Imagine se todos aprendêssemos história romana lendo os bons livros de Allan Massie, ou sobre a monarquia européia com Maurice Druon. Apesar de essa literatura não ter total compromisso com os fatos, se com um bom acompanhamento de professores preparados, tornariam o aprendizado tão fácil de assimilar e tão empolgante!

Agora que me empolguei, pensando bem, lembro que a primeira vez que tive acesso a esse tipo de literatura foi na quinta série! É mesmo... era um romance histórico disfarçado de quadrinhos sobre a vida de Frei Caneca, importante figura da história pernambucana e brasileira... ainda hoje me lembro dos versinhos cantarolados pelo frei ainda criança...

"olha a caneca, caneca de lata!

olha a caneca, caneca barata!

olha a caneca, caneca de cobre

caneca de rico a preço de pobre!"

O nome da publicação ilustrada era O menino das canecas. Olha, olha se não marca! Que delícia de aprender com um pouco de fantasia, emoção e poesia! Talvez se eu não tivesse recitado os versinhos do menino mascate em coro com toda a turma nem lembrasse mais da história real de um português que deu sua vida por um ideal de independência do Brasil, num dos primeiros movimentos separatistas que surgiram... e logo na minha querida cidade!

Pois então, perdoem o primero e injusto parágrafo deste post... vamos corrigí-lo: queria ter tido mais acesso a esse tipo de livro mais cedo.

Ora, aprendi mais sobre história romana e sobre o império napoleônico lendo Allan Massie e Balzac, respectivamente, do que em todos os livros de história que li do ensino fundamental à universidade! Que leitura... como as coisas ficam claras em nossa mente, como ficam mais palpáveis!

Longe de mim desprezar qualquer tipo de livro, mas os escritores de didáticos, convenhamos, têm muito o que aprender sobre como conquistar os leitores. Não é a função deles?! Claro que é! Se é que têm compromisso com a informação e o conhecimento que querem compartilhar. Sou farto com academicismos e acho que aprender por aprender não tem sentido. Ora, e só se aprende de verdade se a curiosidade for despertada! Se formos provocados, seduzidos, conquistados! Eu não quero saber que Nero tocou fogo em Roma em 64 d.C... quero saber o enredo de intrigas e interesses que existiam e que fazem a história tirar essa conclusão.

Enfim, esses elementos são encontrados nos bons romances históricos e são fascinantes. Com bom discernimento, além de uma leitura prazerosa você também aprende bastante.